A garantia da doutrina tem por base as informações trazidas pelos nossos irmãos que são cautelosos em trazer as revelações e ideias em face de nossa capacidade intelectual não está preparada para receber e assimilar notícias do mundo espiritual. As novidades e avanços não seriam absorvidos e tampouco entendidos. A ressalva dos Espíritos Superiores advém da verdade suprema que aos poucos são reveladas para ser posta em prática por nós. Divergem daqueles levianos que revelam tudo, pois, não se preocupam com a verdade tampouco com o impacto que pode causar em nós. Isto serve de norte para aceitarmos ou rejeitarmos as informações que chegam a nós.
Ao analisarmos as mensagens trazidas é importante observar o seu conteúdo e a origem, ora, se apenas um Espírito revela uma coisa e os demais, em vários locais do orbe divergem, o bom senso orienta-nos a ter cautela, e principalmente não propagar a informação ou mensagem. A superioridade do Espírito será observada na sua reserva ao confirmar alguma coisa em que não tenha domínio suficiente para ratificá-la de modo absoluto.
A Doutrina dos Espíritos não está restrita a um único Espírito ou a uma única instituição, Deus a assentou em base sólida onde diversas inteligências encarnadas e desencarnadas garantissem a universalidade do ensino dos Espíritos.
Isso quer dizer que não será a opinião de um só homem que fundará e implantará como único e verdadeiro a Ortodoxia Espírita, representando como a única correta, em face de basear-se em princípios metafísicos e científicos. Evita-se a vaidade individual ou de grupos minoritários dominantes e/ou dissidentes sobrepondo a mensagem dos Espíritos Superiores.
O areópago onde o discurso expunha de forma breve os paradigmas de uma nova doutrina que surgia originalmente do sobrenatural, atribuída a seres invisíveis, inteligentes e avançados em conhecimentos que naquela época não se tinha ideia da continuidade da vida ou mesmo como denominava-se o ser pensante que povoava a Terra, não podia prosperar apenas a opinião de um Espírito, seja qual fosse a sua pseudossábio.
Qualquer ensaio dogmático teria o crivo do bom senso e dos intelectuais reencarnados à época. Não bastava o Espírito comunicante dizer chamar-se esse ou aquele sábio de um passado remoto da história das civilizações. E com isso, a nova doutrina foi sendo revelada concomitantemente em várias partes da Terra e por diversos médiuns e Espíritos. Desta forma, evidencia-se a veracidade das mensagens trazidas para análise dos estudiosos dos eventos ocorridos nas rodas sociais àquela época.
O Espiritismo é considerada a Terceira Revelação, sob a máxima: “fora da caridade não há salvação” e a certeza de que a vida continua, ou seja, o véu da ignorância foi levantado, muitos obreiros da luz estavam cumprindo a vontade e o pensamento de Deus.
Muitas tradições eram passadas de geração para geração pela palavra, e algumas vezes verdades eram atribuídas aos Espíritos que a teriam transmitido ao médium local. A importância de verificar a veracidade e origem são a pedra angular da Doutrina dos Espíritos, razão pela qual até a presente data a cautela e estudo são fundamentais para se compreender a mensagem.
Deduzimos que a garantia desta autoridade está da universalidade distribuída pelo orbe e por inúmeros médiuns, intermediários entre o mundo invisível e o material. Então, não basta crer, é preciso sentir, ver, ouvir, analisar, sobre a ótica da ciência, filosofia e religião. E com isso, estabelece-se uma base imutável onde a verdade sobressai para todos igualmente.