“Vós sois a luz do mundo. Não pode esconder-se uma cidade que está situada sobre um monte. Nem os que acendem uma luz a metem debaixo do alqueire, mas põem-na sobre o candeeiro, a fim de que ela dê luz a todos os que estão em casa. Assim luza a vossa luz diante dos homens. Que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai, que está nos céus.” (Mateus V, 14-16).[1]
A nova era.[2] O culto cristão caracterizava-se pela simplicidade e pela esperança na volta iminente do Senhor. [...] Aos olhos da lei Romana o cristianismo não era uma associação permitida (“collegia lícita”), e, por isso, passou a ser duramente perseguido.[3]
[...] A doutrina da reencarnação era aceita livremente pelos cristãos e foi exposta por diversos padres da igreja (Clemente de Alexandria, Orígenes, São Jerônimo, etc.), sendo tratada como heresia somente no século VI (segundo Concílio de Constantinopla, realizado em 553). O casamento dos bispos também era permitido (1 Timóteo III, 2).
A maior figura da história do cristianismo é, sem dúvida, Paulo de Tarso. Nascido de pais judeus, em Tarso, no ano 10, recebeu o nome de Saulo, mudando-o para Paulo depois de batizado. Cidadão romano e fariseu, mostrou-se ardente zelador do Judaísmo, passando logo a perseguir os cristãos. Mas por volta do ano 35, viajando para Damasco, teve uma visão que mudaria os rumos de sua vida: nela, Jesus o convoca para o seu serviço.
A partir deste dia, Paulo iniciou sua peregrinação, que o levaria até as principais regiões do Oriente, fundando igrejas, ordenando bispos e ministros. Suas viagens missionárias (viajou pela Grécia chegando até a Espanha) estão narradas no livro dos Atos dos Apóstolos, e durante seu percurso, Paulo escreveu a maioria de suas epístolas, em número de 14, onde deixou explicada aos fiéis a evangélica doutrina e os mistérios do Cristo.
Consta que sua aparência física não o ajudava em suas pregações era pequeno, calvo e doente (Gálatas IV, 13), fato que pode ter-lhe trazido um sentimento de inferioridade física, compensado por suas epístolas, sempre “graves e fortes” (2 Coríntios X, 10). Também não se casou, numa época em que a paternidade era considerada um dever e uma honra. Em virtude de sua pregação, Paulo foi preso quando retornava a Jerusalém, e levado para Roma, onde teve relativa liberdade. Preso novamente em 66, foi decapitado, segundo a tradição, em 67 ou 70. [4]
A doutrina Espírita é a Ciência, trazida pelo Espírito da Verdade, pelo Consolador prometido, como um sistema coordenado de conhecimentos das coisas pelas causas, que impõe oculto e o reconhecimento para com o Criador de tudo que existe. [5]
A Doutrina Espírita, como ciência, nos ensina a conhecer as causas e efeitos, aplicando o critério da nossa razão, com as regras da lógica e os princípios das verdades demonstradas; e nos dá o conhecimento, a compreensão, a consciência, a convicção das verdades eternas. E sobre essa base sólida construímos o edifício inabalável das nossas crenças, da nossa fé, das nossas esperanças, da justiça, da piedade e, assim, temos o fio que nos liga a Deus. Essa ligação, profunda, íntima, nos impõe um culto, qual o que não podemos deixar de render a tudo que é grande, imponente e sublime![6]
Eis em que consiste a religião; eis a razão por que dizem a verdade os que sustentam que o Espiritismo é uma Ciência e ao mesmo tempo uma religião.[7]
Notas: [1] Os mestres da terra - os místicos e líderes religiosos da humanidade, Carvalho, de Sérgio de Souza, Hemus Editora Ltda, rev. Raquelina Valmira Magri Santos, p. 125, 1992, SP. [2] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 535, item 9 – A nova era . [3] Os mestres da terra - os místicos e líderes religiosos da humanidade, Carvalho, de Sérgio de Souza, Hemus Editora Ltda, rev. Raquelina Valmira Magri Santos, p. 126, 1992, SP. [4] Idem, pp. 126/127. [5]Elucidações Evangélicas à Luz da Doutrina Espírita - Sayão, Antônio Luiz, Federação Espírita Brasileira - Casa Máter do Espiritismo, 8ª ed., p. 40, 1988.

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