Não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo empregou a mediunidade sublime com agente da Luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para integração com as Leis de Deus. (306, cap. 26).[2]
Os evangelistas eram, inconscientemente, médiuns historiadores, inspirados. Mateus e João, que foram apóstolos do Cristo (discípulos encarregados de pregar o Evangelho), o acompanharam durante o seu ministério e testemunharam os fatos que narram e ouviram as palavras. Mateus escreveu o seu Evangelho em hebraico, no ano 39, em Jerusalém. Marcos escreveu o seu em grego, no ano de 44, em Roma, Lucas, em grego, no ano 56, em Acaia, João em grego, no ano 96, em Éfeso. A tarefa dos evangelistas foi monumental, pois gravaram pela escrita os ensinamentos do Cristo, que sem isso poderiam perder-se no correr dos séculos. (62, cap. 4).
Nota de Allan Kardec – A ninguém comunicara eu o objeto da obra em que vinha trabalhando; de tal modo guardara segredo sobre o título que lhe dera, que o próprio editor, Sr. Didier, dele só veio a saber quando a foi imprimir. Esse título foi, a princípio Imitação do Evangelho. Mais tarde em atendimento a observações do Sr. Didier e outras pessoas, mudei-o para o de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Por isso, as reflexões contidas nas comunicações que seguem não podem ser consideradas como fruto de ideias preconcebidas do médium.[3]
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