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Evolução do Espírito

Atualizado: 17 de nov. de 2021

Essa a doutrina da preexistência da alma, que conserva uma vaga intuição quando reencarna em outro mundo e lembra-se em alguns momentos da pátria espiritual. Diria ser o germe da doutrina dos anjos decaídos.


Reencarnado o Espírito perde as suas qualidades de interagir com o mundo espiritual, em face da limitação necessária para a continua evolução na matéria. Mesmo assim, sempre contempla a sua essência espiritual, ou seja, o que é puro, eterno, imortal, ficando retido em seu ser a lembrança da vida real.


O corpo acorrenta o Espírito, despertando desejos, apetites, orgulho, posse e uma série de viciantes e ilusórias condições de títulos terrenos, sendo que a verdade as vezes será revelada apenas após o desencarne, quando então conhecerá a essência das coisas.


O Espiritismo e a Ciência completam-se reciprocamente; a ciência sem o Espiritismo, acha-se na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria, e o Espiritismo, sem a ciência, ficaria sem apoio nem exame.[1]


Quando observamos as criações e descobertas científicas entregues a humanidade, percebemos que os gênios foram intuídos e alguns transportados durante o desdobramento para escolas espirituais onde o desenvolvimento de novas tecnologias, biologia, química era transmitido aos estudantes que agora reencarnados tinham a oportunidade de tornar realidade na matéria o que já existe em outras dimensões.


A enxertia psíquica promove a difusão do conhecimento superior pela atividade mediúnica, sabemos que não existem dois médiuns iguais, não obstante a semelhança no campo das impressões. O aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, modela o corpo físico sustentando-o, erigindo-o em filtro leal as Esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade aos domínios da luz.


Alma e fluidos foram descritos da seguinte forma:


“A consciência aprendera a realizar complexas transubstanciações de forças nas diversas linhas da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental” [2].


[...] temos, assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis, caloríficos e outros mais.


[...] verte o pensamento ou fluido mental, por secreção sutil não do cérebro, mas da mente, fluido que influencia primeiro por intermédio de impulsos repetidos, toda a região cortical e as zonas psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo todo o cosmo biológico, para, em seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante, espalhar-se em torno do corpo físico da individualidade consciente e responsável pelo tipo, qualidade e aplicação do fluido, organizando-lhe a psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela que, em se valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece a influência.[3]


Com o fluido mental carreiam-se, desse modo, não apenas as disposições mentossensitivas das criaturas, em atuação recíproca, mas também as imagens que transitam entre os cérebros que se afinam pela reflexão natural e incessante, estabelecendo-se as ideações progressistas que, originariamente vertidas dos Espíritos Superiores, transmitem aos desencarnados da Terra as noções de civilização mais apurada. E por essas mesmas entidades, em contato com as tribos encarnadas do paleolítico, semelhante noções descem para o chão planetário disciplinando as criaturas e ofertando-lhes novos horizontes à visão e ao entendimento.[4]


Cita-se trechos acima do Livro Evolução em Dois Mundos considerando que foi psicografado no ano de 1958[5], ratificando o que temos estudado no que se refere aos Espíritos, como na época de Kardec, em vários pontos do orbe e por médiuns diversos, como no caso, um em Pedro Leopoldo e o outro em Uberaba, informações trazidas por intermédio da psicografia, avançadas e inovadoras para época e ainda o são até hoje, passados mais de sessenta e três anos.


Vejamos como a informação pela mediunidade espontânea ocorre:


“Quanto menos densos os elos de ligação entre os implementos físicos e espirituais, nos órgãos da visão, mais amplas as possibilidades na clarividência, prevalecendo as mesmas normas para a clariaudiência e para modalidades outras, no intercâmbio entre as duas esferas, inclusive as peculiaridades da materialização, pelas quais os recursos periféricos do citoplasma, a se condensarem no ectoplasma da definição científica vulgar, se exteriorizam do corpo carnal do médium, na conjugação com as forças circundantes do ambiente, para a efêmera constituição de formas diversas”.[6]


Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de extrema porosidade, nutre-se de produtos utilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.[7]


Notas: [1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – A gênese, p. 883. [2] Em 21 de julho de 1958 em Pedro Leopoldo-MG, Emmanuel tese algumas anotações a respeito do Livro Evolução em dois mundos, psicografia ditada aos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. [3] Evoluçã


o em dois mundos - Luiz, André (Espírito) - [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, Waldo Vieira - 11ª. ed. Brasília: Federação Espírita Brasileira, 1989, p.99.


[4] Idem, pp. 100/101. [5] Em convite do Espírito André Luiz, os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira receberam os textos deste livro em noites de domingos e quartas-feiras, respectivamente nas cidades de Pedro Leopoldo e Uberaba, Estado de Minas Gerais. As páginas psicografadas

por um e outro podem ser identificadas pela data característica de cada texto. [6] Idem, pp. 134/135. [7] Idem, p.169.

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