Jesus proclamou que o ser humano deve ter, como finalidade da vida, a busca da perfeição espiritual; isto exprime a necessidade do esforço pessoal na conquista do autoaperfeiçoamento. Alcançará a Espiritualidade Superior aquele que cumprir a Lei Divina conforme está exposta nos evangelhos.[1]
Kardec adverte que “toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho”, e que “caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição”. Dai decorre a máxima fundamental do Codificador e lema característico do Espiritismo: “Fora da caridade não há salvação”, o qual resume todo o ensino evangélico e espírita no que tange à ascensão espiritual e à felicidade futura.[2]
Mas, o que é caridade? É alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.[3]
Caridade é uma escada de luz, o próximo é o degrau evolutivo que faculta a ascensão e o auxílio fraternal é ensejo iluminativo. (76, cap. 47).[4]
1. Caridade benevolente – a verdadeira caridade benevolente, a caridade prática, sem a qual a caridade é a palavra vã; é a caridade do verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão; aquela em à qual aquele que diz: Fora da caridade não há salvação, pronuncia sua própria condenação, tanto neste quanto no outro mundo. (103, cap. 23).[5]
2. Caridade espiritual - aquela que, para ser praticada, não reclama a existência de coisa alguma que represente valor material entre os homens [...]. (2, cap. 7).[6]
3. Caridade material – a que se traduz pela dádiva representativa de alguns desses valores [materiais]. (2, cap. 7) – É representada pelo alimento, o vestuário, o remédio e outros bens que dependem do recurso financeiro. (163, cap. 44).[7]
4. Caridade moral – Consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõe, acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral. (105, cap. 13, it. 9).[8]
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